O plano deste terceiro dia na cidade-luz incluía a visita ao bairro de Montparnasse, com passagem pelo cemitério, Jardin du Luxembourg, Panteão no Monte da Genoveva, Jardim das Plantas, Centro Georges Pompidou, Opera Garnier, Galerias Lafayette e cemitério de Montmartre.
Para ser diferente, tomámos o pequeno almoço num sítio diferente na Rue Lepic, onde estávamos, que havia muita escolha, desta vez fomos ao Lux Bar comer o habitual “pan au chocolat” e café. Apanhámos o metro em Blanche (linha azul) em direcção a Nation, em Barbès Rochechouart trocámos para a linha rosa (direcção Porte d’Orléans) e subimos à superfície em Montparnasse Bienvenue.
Começámos por percorrer o bairro de Montparnasse e as suas largas ruas até ao cemitério do bairro, um dos quatro maiores de Paris, todos construídos na mesma época e que também guarda os restos mortais de alguns famosos. Neste cemitério visitámos a campa de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir (filósofos) e de um humorista francês.
Continuámos a nossa caminhada até ao Jardin de Luxembourg, o maior parque público da cidade. O jardim possui uma grande colecção de estátuas, entre elas o modelo da Estátua da Liberdade usado para construir a estátua real, e um conjunto de lagos e parques para lazer infantil. Em 1611, Maria de Médicis, viúva de Henrique IV, decidiu construir uma réplica do grandioso Palácio Pitti, e contratou especialistas em jardinagem para recriar os jardins que ela conheceu enquanto criança em Florença. O parque é lindíssimo, e no Outono o chão cobre-se de folhas de todas as cores, apetece ficar ali a contemplar o percurso das folhas desde as árvores até ao chão.
Logo à frente do Jardim está o Panteão, no monte da Genoveva, no Quartier Latin, na praça onde também está situada a Faculdade de Direito, a Câmara do 5ºArroundissement de Paris, a igreja de Saint-Étienne-du-Mont e a Biblioteca de Santa Genoveva. O Panteão tem 110m de comprimento e 84m de largura e a fachada principal tem colunas do estilo coríntio.
O Jardim das Plantas de Paris é um jardim botânico que é parte integrante do Museu Nacional de História Natural e a entrada para visita do jardim é gratuita. Neste jardim existem três estufas, o jardim de Inverno, a estufa mexicana e a estufa australiana. Contém ainda um pequeno parque zoológico cuja entrada custa 10€ e contém cerca de 1.100 animais, entre mamíferos, répteis e pássaros. Comparado com outros parques, achei que alguns canteiros estavam muito abandonados, talvez estejam a mudar as plantas.
Atravessámos para a Ponte de Sully para a Île Saint-Louis e caminhámos à beira do Sena.
Atravessámos novamente mais uma ponte, desta vez a Pont Louis Philippe, fomos até à Rue Rivoli e acabámos por almoçar na Rue des Archives na Pizzaria Vito, a melhor pizza que comi nos últimos tempos com um preço até acessível.
À tarde caminhámos até ao Centro Georges Pompidou um complexo com museu, biblioteca, teatros e outros centros culturais construído nos anos 70. Devido à sua arquitectura suis generis considerou-se um marco do início da pós-modernidade nas artes.
A seguir fomos caminhando até à Opera Garnier. O edifício da Opera Garnier é considerado uma das obras-primas da arquitectura do seu tempo. Foi construído em estilo neobarroco e tem capacidade para 1979 espectadores sentados. O edifício é de facto imponente, ao entrarmos no início da rua, que é muito extensa, já se vê ao fundo aquela imponência toda. Na escadaria da Opera muitas pessoas descansam e assistem a um mini-concerto que um artista de rua dá ali mesmo. Não consigo passar por alguém que cante assim bem e não deixar uma moeda pelos momentos que proporciona enquanto ali estamos sentados a absorver a cultura parisiense.
As Galerias Lafayette ficam junto à Opera Garnier, são compostas por três edifícios de grande dimensão, as lojas das Galerias são todas de grandes marcas, existem filas para entrar na loja da Chanel, da Louis Vouitton, e em tantas outras. As etiquetas dos preços, seja de que artigo for, são absolutamente assustadoras, ainda assim vale sempre a pena entrar para ver o edifício por dentro e assistir ao consumismo desenfreado de quem não foi afectado pela falta de dinheiro.
Dali seguimos a pé até Montmartre e visitámos o terceiro cemitério desta viagem, o cemitério de Montmartre, onde vimos a campa do romancista Alexandre Dumas. Este cemitério tem uma particularidade engraçada, por cima de parte dele passa um viaduto que contém encaixadas muitas cruzes de jazigos que chegam ao tamanho do viaduto.
A nossa visita flash a Paris terminou por aqui, no dia seguinte tínhamos um avião para apanhar e era altura de tomar consciência da aproximação do regresso à realidade.
Este foi o nosso percurso deste dia, cerca de 20km:
Paris vale a pena, sempre, e se tivermos oportunidade de voltar, devemos voltar porque há sempre algo que ficou por ver. La vie en rose est belle.