Quando abri os olhos já pela manhã ainda o cruzeiro não tinha atracado no porto de Miami. Como havia um avião para apanhar, foi precisa muita pressa na hora de arranjar, fechar malas, tomar pequeno-almoço e sair para tentarmos ser dos primeiros a sair (por volta das 7h da amanhã) sob risco de perder o avião para NY. Habitualmente as pessoas que saem depois das 9h da manhã do cruzeiro podem meter as malas à porta dos quartos na noite antes da saída e as malas são recolhidas e entregues já fora do cruzeiro. Como nós tínhamos pressa levámos as nossas malas e lá fomos nós à nossa vida, com a curiosidade de quem está prestes a conhecer a Big Apple. No raio-X do aeroporto vi pela primeira vez uma máquina inovadora que nunca tinha visto em nenhum dos aeroportos por onde já passei, entra-se lá para dentro descalço (o chão estava frio) e à primeira impressão parece uma cabine de duche mas não sai água de lado nenhum, a máquina tira uma espécie de fotografia a 360º, não vá alguém ter uma pistola escondida sabe Deus onde. Não contentes por me terem tirado uma radiografia ainda me quiseram revistar a mochila, ora eu vou sempre com a mochila cheia de coisas, é livros, revistas, bolachas, carteira, máquina fotográfica, passaporte, toalhitas, casaco, lenço, óculos de sol, entre outras tantas coisas. Com o que é que estes senhores podiam embirrar? Com a imagem da Nossa Senhora de Fátima que carrego na carteira há uns 10 anos e que já viajou comigo pelo mundo fora! E explicar o que era aquilo em inglês? Tenho cá para mim que a religião assusta os americanos, seja ela qual for.
Aterrámos no aeroporto internacional de Newark cerca de duas horas depois do embarque, claro que não podia correr tudo tão bem e desta vez o transfer não estava à nossa espera. Depois de uns quantos telefonemas, entre inglês e espanhol, lá apanhámos um táxi para Manhattan para o nosso hotel, o Skyline na 10th Avenue com a 49th Street.
Saímos a pé com um mapa na mão, cheios de vontade de descobrir todos os recantos de Nova Iorque. A primeira coisa que fizémos foi comer um cachorro na rua no caminho para Times Square, como nos filmes, devo dizer que foi um momento divertido mas ainda assim os cachorros não valiam um caracol.
Passámos na loja dos M&M’s que é qualquer coisa de espectacular,vale a pena entrar, tem três andares e milhares de objectos de utilidade duvidosa e tubos de vários tipos de M&M’s que comemos só com os olhos (no início). Aquelas cores todas fazem com que a loja se torne também ela num ponto turístico.
Time Square é exactamente como vemos nos filmes, um mundo de gente todas a olhar em volta, aqueles anúncios publicitários muito coloridos, cada um a tentar chamar mais a atenção que o anterior, o que acaba por se tornar numa salganhada bonita de cores e neons. Estava-se por ali a filmar uma cena de um qualquer filme, não deu para perceber o que era mas havia pessoas na rua vestidas de forma estranha.
Continuámos a nossa caminhada e demos de caras com o MoMA, The Museam of Modert Art.
Seguimos a pé para a 5ª Avenida, efectivamente estão ali as marcas mais caras do mundo, ainda assim não tive curiosidade para entrar em nenhuma loja, não ia com intenções de comprar nada por isso mais valia ver de fora.
Chegámos ao Central Park vindos da 5ª Avenida, Central Park é uma mancha verde gigante no meio de Nova Iorque, caminhámos imenso lá dentro até que chegámos a um lago onde as pessoas passeiam em pequenos barcos a remos que já foi cenário de muitos e variados filmes. Em Central Park vimos pessoas a fazer desporto, a fazer pique-niques, a estudar, a ler, a vegetar, a dormir, vimos esquilos e pequenas tartarugas (ou cágados).
Nesta tarde caminhámos cerca de 12Km em modo turista, soube bem descansar depois de uma valente caminhada destas e depois de meter na bagagem um bocadinho de Nova Iorque.