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Conhecer o mundo faz com que nos conheçamos melhor. (Eça de Queiroz)

6 razões para visitar a Madeira

Quando pensamos em férias os nossos pensamentos voam para lugares paradisíacos, à distância de muitas horas dentro de um avião. No entanto, aqui muito perto há um destino de férias cheio de boas razões para o visitar, a Madeira. A Madeira é especial, em pouco mais de 50km de comprimento e 22km de largura tem para oferecer gastronomia de alta qualidade, montanhas verdes cheias de escarpas, levadas e veredas que se perdem no meio dos montes, com um clima ameno ao longo de todo o ano que cativa quem quer que a visite.

Só conhece verdadeiramente a Madeira quem percorre as suas levadas e absorve as paisagens, sustém a respiração no cume dos montes e prova o que de melhor lá se faz, depois de dois dedos de conversa com um madeirense de sotaque cerrado. Só conhece verdadeiramente a Madeira quem visita os seus Miradouros no cimo de escarpas que se estendem sobre o mar, quem percorre a medo as estradas antigas (as que ainda são transitáveis) na orla das montanhas com o mar lá ao fundo, quem sente o pulsar dos dias nas ruas das aldeias menos turísticas. Só conhece a verdadeiramente a Madeira quem se deixa enamorar por esta pérola tão nossa.

Podia fazer uma lista interminável de razões para visitar a Madeira e ainda assim seriam sempre poucas, então achei melhor seleccionar apenas seis razões, mas que valem por muitas mais e de entre aquelas que me levam todos os anos à Madeira. A velha máxima de “nunca voltes ao lugar onde já foste feliz” para mim não faz qualquer sentido. Já fui muito feliz na Madeira, sou-o de cada vez que aterro naquela ilha e ainda assim continuo a regressar ano após ano.

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Açores #4 (24 de Outubro)

O último dia São Miguel foi o dia em que vi as paisagens que tinha na cabeça quando se falava dos Açores, os campos verdejantes, as lagoas e os picos verdes na paisagem que se estende muito para lá da espuma branca do rebentar das ondas e do azul vivo do mar.

Começámos o dia a caminho do lado oeste da ilha com o objectivo de visitar todas as lagoas que conseguíssemos. Parámos logo no primeiro miradouro que se nos atravessou no caminho, o Merendário do Charquinho das Moças com uma vista muito bonita para o lado sul e este. Os picos verdes que sobressaem na paisagem, antigas pequenas chaminés vulcânicas, dão uma vida diferente à fotografia desta paisagem tão açoriana.

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Açores #3 (23 de Outubro)

O plano para o terceiro dia centrava-se na zona do nordeste da ilha e, tendo em conta que se previa chuva e nevoeiro em força, até que foi uma voltinha relativamente agradável fazendo uso do guarda chuva que ainda não tinha saído da mala.

No caminho para o destino, voltámos a passar junto à Lagoa das Furnas e, já que ali estávamos, aproveitámos e percorremos a pé um bocadinho o caminho à beira da lagoa para ter uma perspectiva diferente da mesma, vendo do outro lado as caldeiras.

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Açores #2 (22 de Outubro)

A “porta” do arquipélago está escancarada e o mundo urge por conhecer os Açores. O arquipélago já foi alvo de artigos e reportagens um pouco por todo o mundo. São paisagens de cortar a respiração, uma gastronomia suprema e um sotaque delicioso que atraem gente de todo o mundo. Ao segundo dia, o sol foi-se mostrando reticente e as nuvens dominaram o céu todo o dia. Ainda assim, a beleza e tranquilidade de São Miguel não deixam o visitante indiferente.

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Açores #1 (21 de Outubro)

Verde e azul, as cores que melhor caracterizam os nossos Açores.

Os Açores estavam na minha Bucket List há muito tempo mas os preços exagerados das viagens demoviam-me frequentemente na hora de escolher o destino. Felizmente (para nós viajantes/turistas) as companhias aéreas low-cost foram autorizadas a voar para Ponta Delgada, o que abriu todo um mundo novo ao turismo da ilha de São Miguel. São 9 ilhas que compõe este nosso arquipélago (São Miguel, Santa Maria, Terceira, Faial, Pico, Corvo, Flores, São Jorge, Graciosa) mas desta vez o destino foi apenas São Miguel, a maior ilha do arquipélago onde está situado o Governo Regional dos Açores.

A origem vulcânica deste arquipélago é notória e, em particular, em São Miguel atinge o seu expoente máximo no Vale das Furnas, onde vemos as fumarolas e onde fazem o famoso Cozido das Furnas.

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Amesterdão #4 (27 de Abril)

Foi por uma grande coincidência que a nossa viagem a Amesterdão caiu justamente sobre o fim de semana em que se festejava o Dia do Rei. Que rica e feliz pontaria. A 27 de Abril festeja-se o Dia do Rei, no dia do seu aniversário.

O Dia do Rei é, sem dúvida, o maior evento nacional na Holanda e particularmente em Amesterdão onde se festeja de uma forma muito expressiva e muito cor de laranja. Esta é a cor nacional e todos se vestem de acordo. O dia começa logo com pequenas vendas à porta de casa, é o dia em que se aproveita para vender tudo o que não se quer em casa e ainda vendem sumo de laranja e outras bebidas. Os canais enchem-se de barcos com pessoas a beber (sim, logo de manhã), todos vestidos de laranja, e dançam nos barcos. Álcool+barco+dança parece-me um prenúncio de gente a cair ao canal, mas do que vi correu tudo bem. Na prática, assistir àquele espectáculo fez-me lembrar a Queima das Fitas de Coimbra vestida de cor de laranja.

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Amesterdão #3 (26 de Abril)

Acordar numa cidade que não é nossa, é motivo para acordar com um grande sorriso mesmo que ainda não sejam 8 da manhã e o tempo lá fora esteja cinzento, carrancudo e nada apelativo. Ainda assim, não fomos a Amesterdão para dormir, fomos conhecer, fomos calcorrear ruas, à chuva ou ao sol, fomos à procura de lugares diferentes, gente diferente e aqui encontrámos tudo isso.

Ao terceiro dia, finalmente, encontrámos um lugar para tomar o pequeno almoço que valia mesmo a pena, o La Purete Coffee, um pequeno café cheio de pinta, propriedade de uma senhora vietnamita muito simpática, em Vijzelstraat 71HS, 1017 HG Amsterdam. Se aquilo não era um pequeno almoço vou ali e volto já. Era café grande, sumo de laranja natural, sandes, croissants, tudo à grande. Esta deve ter sido a refeição que melhor me soube em Amesterdão! Até me nasce água na boca só de pensar nisso. A cereja no topo do bolo era um pastel de nata no fim daquele repasto mas também não se pode ter tudo.

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Amesterdão #2 (25 de Abril)

A chuva brindou-nos no segundo dia em Amesterdão. Na verdade não foi só a chuva, foi também o vento e o frio. O dia começou cedo, como começam todos quando andamos em viagem a conhecer e a descobrir. A cidade pela manhã é pouco frequentada, é difícil achar um sítio para tomar o pequeno almoço (sentado, sem ser uma lojinha de rua com um balcão e uma mesa alta). Em tão poucos dias pensei várias vezes “se estes holandeses apanhassem aqui uma pastelaria como as nossas, com montras de bolos, até lhe chamavam um figo!”

Oito e pouco da manhã e as bicicletas já circulam, poucas, é certo, mas sempre com aquele ar de quem vai cheio de pressa.

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Amesterdão #1 (24 de Abril)

Tolerância. Liberdade. Diversidade. Melting pot. Estas são apenas algumas palavras que me surgem na mente quando penso na “Veneza do norte”. Amesterdão já foi uma zona de extensos lagos e pântanos que se situavam abaixo do nível médio das águas do mar. Os canais e diques construídos no decorrer do tempo permitiram a conquista de terra ao mar para nela construir aquela que viria a ser a cidade que hoje conhecemos.

Amesterdão foi, em tempos, um dos principais postos de comércio da Europa. Viajantes, negociantes, marinheiros, mercadores e artesãos aqui se juntavam vindos dos terrenos que hoje conhecemos como Holanda, Bélgica e Luxemburgo.

Foi na segunda metade do século XX que Amesterdão se transforma na cidade que é hoje, cidade permissiva, tolerante e libertina.

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36 horas na Madeira

É de manhã que se começa o dia. Ainda o sol não tinha rompido a aurora já uma fila de gente aguardava que chegasse o avião da manhã com destino à Madeira. A pouco mais de uma hora de viagem a partir de Lisboa, a Madeira é daqueles lugares que temos de visitar obrigatoriamente, faz tão parte do nosso país como qualquer região da Beira, do Norte ou do Algarve, ainda que esteja lá longe no meio do Atlântico.

Para conhecer um lugar não precisamos mudarmo-nos para lá durante uma semana. A ilha da Madeira é um desses lugares que se pode conhecer em 36 horas, ou seja, num fim-de-semana.

Para que a visita seja produtiva é preciso esquecer as dietas e a linha que se preocupam em manter. Na Madeira não há só paisagens, monumentos e “jardins”, na Madeira há a gastronomia regional que a torna tão portuguesa como qualquer região do continente.

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